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Apesar de ser, historicamente, o tipo de vinho menos popular entre os enófilos, os vinhos rosés têm ganhado o coração dos apreciadores de vinho nos últimos anos, especialmente daqueles que vivem em países de climas mais quentes, como o Brasil.

Segundo informações da Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV), o consumo do vinho no Brasil cresceu 18,4% entre os anos de 2019 e 2020, e de acordo com dados da Ideal Consulting, quando falamos de vinhos rosé, esse aumento é ainda mais expressivo, com um salto de 37,4% no volume comercializado neste mesmo período de tempo.

Duas pessoas fazendo um brinde com taças de vinhos rosés em um pôr do sol

Quer conhecer mais sobre esse tipo de vinho que está conquistando os mais diferentes paladares? Então continue lendo esse post para aprender sobre:

  • A origem do vinho rosé
  • Métodos de produção
  • Principais regiões produtoras
  • Variedades de uvas
  • Perfil de sabor
  • Harmonizações
  • Dicas para escolher um bom vinho rosé

Origem do Vinho Rosé

A diluição do vinho, que é uma das técnicas utilizadas para produção do vinho rosé, é feita a muito tempo, com registros que datam da época da Grécia Antiga, onde era considerado civilizado beber vinho diluído, e somente os bárbaros, bêbados e assassinos bebiam o vinho puro.

Durante séculos, o que conhecemos como vinho rosé era apenas vinho diluído em água, inicialmente originado da mistura do suco de uvas tintas e brancas e, posteriormente, originado apenas da diluição do mosto de uvas tintas.  

Mas tudo isso mudou com a produção e popularização dos rosés produzidos em Provença, no sul da França, considerada até hoje o epicentro deste tipo de vinho.

Adotando um método de produção chamado maceração curta, este tipo de vinho rosé manteve suas características principais, como a leveza e refrescância, e adicionou cores mais intensas, mais corpo e um pouco mais de taninos à bebida, se tornando um dos principais métodos de produção de vinhos rosé e transformando Provença na maior região produtora da bebida.

Métodos de Produção

Existem 4 principais métodos de produção de vinho rosé, que produzem bebidas com diferentes aromas, sabores e tons, são eles:

Prensagem lenta ou direta

Neste método, similar ao feito na produção de vinhos brancos, as uvas são levadas a tonéis de inox e esmagadas, liberando o suco que entra em contato com as cascas durante o ciclo de prensagem. Este ciclo dura entre 1 e 4 horas, e quanto maior esse tempo, mais escuro é o tom do vinho.

A lentidão deste processo impede que as cascas sejam rompidas todas de uma vez, auxiliando na coloração mais suave dos vinhos rosé. Após esta etapa, o mosto (suco) é separado das cascas, impedindo a maceração, e é levado para fermentação.

Geralmente os vinhos feitos a partir deste método de produção possuem coloração mais clara, sabores sutis e aromas florais.

Maceração curta

Esse é o principal método de produção de rosés, feito em grandes regiões produtoras como Provença. 

Ele segue as mesmas etapas da prensagem lenta, mas após o ciclo de prensagem, é feita a maceração, um processo no qual o suco continua em contato com as cascas por mais algumas horas, entre 2 e 20 horas.

A duração desse processo influencia na cor e nos taninos (amargor) do vinho, e após a maceração, o vinho segue para a etapa de fermentação. 

Vinhos feitos a partir deste método possuem uma cor mais intensa e taninos um pouco mais acentuados, além de serem mais encorpados.

Blend, corte ou mistura

Como o próprio nome indica, este método de produção consiste na mistura de dois tipos diferentes de uva que resultam no vinho rosé. Essa mistura contém uma pequena parte de uvas tintas e uma maioria de uvas brancas.

Apesar de ser um método pouco utilizado, alguns locais, como a região de Champagne, na França, produzem rosés espumantes através dele.

Sangria ou saignée

Este método de produção de rosés se inicia na produção de vinhos tintos. São prensadas e maceradas uvas tintas e então, após algumas horas, logo no início da fermentação, cerca de 10% desse mosto (suco) que estava em contato com as cascas é separado para dar origem ao vinho rosé, enquanto o resto do líquido segue para dar origem à um vinho tinto.

O resultado deste método é um vinho mais encorpado e concentrado, por conta do contato do mosto com uma quantidade maior de frutos e cascas. Essa técnica é utilizada com frequência em locais como Napa e Sonoma, nos Estados Unidos.

Principais regiões produtoras

A França concentra grande parte das regiões produtoras de vinho rosé, mas outras regiões, tanto do Novo quanto do Velho Mundo, também produzem seus rótulos da bebida, com características e métodos de produção distintos.

Visão panorâmica de um vinhedo

Provença

Localizada no sul da França, Provença é a principal região produtora de vinho e referência no mundo todo quando falamos de vinho rosé

A região, que possui um clima mediterrâneo que ajuda na maturação das uvas, concentra 42% da produção nacional de vinhos de toda a França e 6% da produção de vinhos rosés de todo o mundo, pois dedica 80% de sua produção interna para os vinhos rosés,  produzindo cerca de 150 milhões de garrafas por ano. 

Algumas das castas produzidas na região são: Grenache, Cinsault, Mourvedre, Carignan, Clairette e Sémillon. Os vinhos da região são conhecidos pelo seu frescor, acidez e aroma frutado.

Vale do Rhône

Ainda que essa região seja destinada, majoritariamente, à produção de vinhos tintos, ela produz bons rosés e até possui uma denominação própria para eles, chamada Tavel

Eles são feitos principalmente com a uva Grenache, através do método de sangria, resultando em vinhos com cores e aromas mais intensos, além de toques frutados.

Languedoc-Roussillon

Localizada no extremo sul da França, essa região é conhecida pela produção de vinhos rosés secos, utilizando castas como a Cinsault e Grenache, que resultam em bebidas leves e refrescantes.

Vale do Loire 

Essa região, de cerca de 800km², localizada no noroeste do país, é conhecida como Jardim da França, e fica a 200km de Paris.

Ela produz vinhos ainda mais secos que a região de Languedoc, utilizando principalmente as uvas Cabernet e Merlot, que costumam trazer aromas refrescantes, similares ao do hortelã.

 Outras regiões 

Além da França, outros países como Portugal, Itália, Espanha, Chile e Argentina também produzem ótimos vinhos rosés. 

Na Itália, as regiões da Toscana e do Lago de Garda se destacam, enquanto em Portugal, as regiões de Douro, Ribatejo e Estremadura são as principais. Os portugueses costumam utilizar o método de mistura, produzindo vinhos bastante aromáticos e complexos.

Na Espanha, o vinho rosé é um dos mais populares, principalmente nas regiões de Rioja e Navarra, onde a técnica de sangria é bastante utilizada, resultando em vinhos mais encorpados e concentrados.

Alguns países da América Latina também possuem uma produção de vinhos rosés de qualidade, como é o caso da Argentina e do Chile. Utilizando uvas como a Malbec, Pinot Noir, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, esses países costumam produzir vinhos mais encorpados e de cor mais intensa.

Variedades de uvas 

Existe uma grande variedade nos tipos de uva utilizados na fabricação dos vinhos, inclusive dos rosés. 

As características da casta (tipo) da uva são influenciadas diretamente pelo clima e pelo solo da região de cultivo, determinando tanto os aspectos gustativos, quanto os aspectos visuais dos vinhos produzidos.

Close up de um cacho de uvas iluminado pela luz do sol

Alguns dos principais tipos de uvas utilizados na produção dos vinhos rosés são: 

Garnacha (ou Grenache)

Originária do mediterrâneo, este tipo de uva possui cascas com coloração de baixa intensidade, resultando em rosés mais claros, com um suco que dá origem a vinhos com um corpo médio, taninos pouco acentuados, uma acidez considerável e um alto teor alcoólico.

Um exemplo é o Vinho Rosé Espanhol Cariñena Garnacha Esteban Martín 750ml.

Malbec 

Cultivada originalmente na França, na região de Bordeaux, e bastante popular no Brasil atualmente, as uvas Malbec possuem uma coloração e sabor intenso, e um aroma frutado.

Apesar de ser originária da França, o cultivo deste tipo de uva se espalhou para diferentes lugares do mundo, como Argentina e Chile, garantindo características únicas a depender do local de cultivo da casta.

Um exemplo de vinho derivado deste tipo de uva é o Vinho Rosé Chileno Reserva 2020 Valle Central Member’s Marks 750ml.

Cabernet Sauvignon

Essa é a casta mais produzida e consumida em todo o mundo, e foi cultivada, originalmente, na França, também na região de Bordeaux. 

Com um sabor mais concentrado e acidez pronunciada, os vinhos produzidos a partir desta casta são mais encorpados, com uma cor mais profunda e taninos mais acentuados.

Um exemplo é o Vinho Rosé Brasileiro Frisante Lunae 750ml.

Pinot Noir 

A Pinot Noir é uma das castas mais tradicionais da França, conhecida por sua casca fina, que contribui para vinhos rosés com sabores mais delicados e uma coloração menos intensa

Além disso, possui aromas complexos que podem ter características florais, de frutas vermelhas e até de ervas.

Um exemplo de vinho feito com essa casta é o Vinho Rosé Chileno Bicicleta Pinot Noir Cono Sur 750ml.

Merlot 

Assim como as outras castas citadas anteriormente, a Merlot teve origem na França e, com o tempo, se espalhou para outras regiões do mundo. 

Com a pele das cascas bastante fina e delicada, este tipo de uva é muito aromática e possui uma coloração azul profunda, produzindo vinhos equilibrados.

Um exemplo é o Vinho Rosé Suave Argentino Benjamin Syrah Merlot Nieto Senetiner 750ml.

Sangiovese

Saindo da França, a casta Sangiovese é cultivada há séculos na região da Toscana, na Itália, e possui uma alta acidez e complexidade aromática, podendo apresentar notas frutadas, florais e até com toques de especiarias.

Cinsault 

Característica do sul da França, as uvas Cinsault podem dar origem a vinhos frutados, com aromas como cereja, morango e framboesa, além de serem leves, possuírem baixa acidez, coloração vermelha e poucos taninos.

Um exemplo é o Vinho Rose Francês Bord de Mer 750ml.

Chardonnay

Diferente das anteriores, a Chardonnay é uma casta de uva branca, que pode ser utilizada para produzir vinhos rosés a partir do método de blend. 

Rica em aromas e sabores, essa casta dá origem a diferentes tipos de vinho, por conta de sua flexibilidade e adaptabilidade.

Um exemplo é o Espumante Rosé Brut Brasileiro Brut Chardonnay Pinot Noir Riesling Itálico Chandon 750ml.

Mas essas não são as únicas castas utilizadas na produção da bebida, pois, teoricamente, qualquer uva tinta é capaz de produzir um vinho rosé

Perfil de Sabor 

Apesar de serem vinhos mais jovens, se comparados com os vinhos tintos, por exemplo, o perfil de sabor de vinhos rosés pode ser bastante complexo. Eles podem trazer notas frutadas, florais e até picantes, sem perder a leveza, refrescância e acidez característica deste tipo de vinho.

A presença de toques frutados é bastante característica nos vinhos rosés, com notas de frutas vermelhas, negras e cítricas como o morango, cereja, pêssego branco, o abacaxi, o melão, entre outras.

A junção das características frutadas com toques florais, como o aroma de rosas, lavanda e flor de laranjeira, cria um perfil de sabor equilibrado, aromático e heterogêneo, podendo, inclusive, dar origem a vinhos mais encorpados.

Harmonização

Os vinhos rosés são extremamente versáteis, por isso, ainda que as harmonizações principais geralmente estão relacionadas à comidas mais leves, como saladas, frutos do mar e carnes brancas, eles também harmonizam muito bem com outros tipos de alimentos, como carnes vermelhas e até mesmo sobremesas.

A refrescância e leveza do rosé faz com que ele seja perfeito para climas quentes, como o do Brasil, um exemplo é o Vinho Rosé Americano Sutter Home Zinfandel. Mas existem opções mais encorpadas que também harmonizam muito bem com climas mais frios.

Para harmonizar com saladas e frutos do mar, a melhor opção são os vinhos rosé secos de coloração clara, por conta de sua leveza e delicadeza, como o Vinho Rosé Chileno Orgânico Adobe Emiliana .

Mas se você deseja tomar um rosé enquanto come carnes brancas, como peixes e aves, o ideal é escolher rótulos com um corpo leve ou médio, e aromas herbáceos, como os produzidos a partir da casta Cabernet Sauvignon.

Ainda que seja menos comum, carnes vermelhas também podem harmonizar muito bem com um vinho rosé. Cortes mais delicados, como o filé mignon, combinam com um Pinot Noir, já carnes com muita gordura pedem bebidas mais encorpadas e fortes, como um Malbec.

Na hora de escolher um vinho rosé para acompanhar um jantar de massas, fique atento ao molho da refeição. Molhos à base de ervas e manteiga, permitem um vinho mais leve, como os de Provença, já os molhos de queijo combinam com os vinhos mais encorpados, como os italianos com a casta Sangiovese.

Por fim, se você deseja beber um rosé enquanto come uma sobremesa, pode optar pelas opções mais doces e do tipo suave, levando em conta que o vinho deve ser tão doce quanto a sobremesa ou mais.

Dicas para escolher um bom vinho rosé

Graças a sua versatilidade, existem diversos tipos de vinhos rosés para diferentes ocasiões e gostos, por isso, na hora de escolher um, é importante ficar atento a alguns pontos para acertar na decisão. 

 Seco, meio seco ou suave? 

Apresentando sabores, texturas e experiências bem diferentes, é importante observar qual o tipo do vinho rosé para não ter surpresas durante a degustação.

Os secos geralmente apresentam bastante frescor, são levemente ácidos e possuem uma quantidade pequena de açúcar, já os meio secos possuem um pouco mais de açúcar residual, apresentando um pouco mais de doçura e maciez no paladar, além de serem um pouco mais encorpados.

Os rosés suaves são os que possuem a maior quantidade de açúcar, sendo a escolha ideal para aqueles que preferem bebidas mais doces ou irão harmonizar com sobremesas e outros alimentos adocicados.

Observe a cor do vinho

Variando desde o rosa claro até um salmão mais escuro, as cores dos vinhos rosés são importantes indicativos, pois estão relacionadas com o tempo de maceração das cascas com o mosto, ou seja, quanto mais tempo as cascas estiveram em contato com o suco, mais intensa é a cor da bebida.

Outros fatores também influenciam na cor do vinho, como o clima e o solo do local de plantio da uva.

Então se você está procurando vinhos mais leves e refrescantes, opte por bebidas com cores menos intensas, mas se você deseja beber rosés mais intensos e encorpados, opte por bebidas com cores mais acentuadas.

 No fim, tudo depende da ocasião 

Com inúmeros tipos, texturas e perfis de sabor diferentes, existe um universo de possibilidades entre os vinhos rosés que combinam com diferentes ocasiões. 

Por isso, para escolher um bom vinho rosé, o mais importante é entender em qual ocasião ele será degustado, observando com quais acompanhamentos que ele deverá harmonizar, qual o gosto dos enófilos presentes e qual o clima da região onde você está.

Faça suas compras em lojas especializadas

Para finalizar, uma dica muito importante para garantir a autenticidade e qualidade dos seus vinhos é comprá-los em lojas especializadas e de confiança. 

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